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Serra do Caramulo - um contexto para a abordagem da Geologia numa perspetiva CTS turma 03.OFSE24/25-T1

Apresentação

No atual currículo do Ensino Básico e Secundário, os conteúdos de Ciências relevam o papel do Trabalho Prático no processo de ensino e aprendizagem. Neste contexto, o Trabalho de Campo assume-se como um tipo de Trabalho Prático com particular relevância no ensino da Geologia, uma vez que determinados fenómenos geológicos e conceitos se tornam de difícil abordagem e compreensão no espaço de sala de aula e/ou de laboratório, devido à complexidade dos contextos espaciais e temporais em que se desenrolam, e a sua aprendizagem pode ser potenciada no campo, onde as observações se tornam mais reais e podendo ser observadas e interpretadas evidências de etapas de alguns fenómenos geológicos. A forma como o Trabalho de Campo é concebido, organizado e implementado pode considerar-se um importante fator para a compreensão da natureza dos fenómenos e dos processos geológicos que ocorrem no planeta Terra. Assim, o Trabalho de Campo ao ser desenvolvido em ambientes exteriores à sala de aula e ao laboratório facilita a compreensão de conceitos e de fenómenos geológicos, bem como o desenvolvimento de competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, de forma integrada e contextualizada. Por outro lado, a investigação em Didática das Ciências tem vindo a revelar que o Trabalho de Campo tem sido pouco implementado no ensino e na aprendizagem das Ciências. E, quando é implementado o é, na maior parte das vezes, de uma forma simples e redutora. Os resultados da investigação desenvolvida em Portugal nos últimos anos apontam no sentido da existência de inúmeras dificuldades, por parte dos professores, ao nível da integração do Trabalho de Campo no ensino e na aprendizagem das Ciências.

Destinatários

Professores do Grupo 520

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores do Grupo 520.

Objetivos

Aprofundar conhecimentos sobre processos geofísicos e geoquímicos associados à geodinâmica interna e externa em contextos geológicos nacionais. Promover uma reflexão aprofundada sobre os principais pressupostos teóricos que fundamentam a importância do Trabalho de Campo no ensino e na aprendizagem das Ciências. Desenvolver competências científicas, disciplinares e interdisciplinares, e competências didáticas necessárias à implementação de atividades de Trabalho de Campo, numa perspetiva investigativa. Desenvolver competências apropriadas à assunção de posturas reflexivas, no que concerne ao Trabalho de Campo e ao papel que este pode assumir no desenvolvimento profissional e pessoal de professores e de alunos. Criar um plano comum de ação de incorporação curricular das atividades exteriores à sala de aula numa perspetiva CTS e que integrem ferramentas digitais. Discutir potencialidades e limitações de instrumentos de avaliação diversificados e a importância da sua integração no processo de ensino e aprendizagem em atividades exteriores à sala de aula.

Conteúdos

1. O trabalho prático nos currículos de ciências. 2. O trabalho prático, as aprendizagens essenciais e o perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória: a. Gestão horizontal do currículo; b. Diferentes tipos de trabalho prático e suas potencialidades; c. Ambientes de aprendizagem e integração das TIC. 3. Modelo de articulação curricular de Atividades Exteriores à Sala de Aula (AESA) de Nir Orion. 4. A Geologia da Serra do Caramulo: a. geodinâmica interna e externa e processos geofísicos e geoquímicos associados; b. atividades sociais, económicas e sociais relacionadas com a geologia da região; c. preservação e divulgação do património geológico de uma região. 5. Discussão e adaptação de uma proposta de materiais didáticos para a Serra do Caramulo. 6. Partilha da intervenção pedagógica realizada pelos formandos.

Metodologias

Presencial: 1. Organização e planeamento das atividades a desenvolver: • Problemática e objetivos da ação; • Metodologias e avaliação. 2. O trabalho em equipa e práticas pedagógicas: • Pesquisa de informação e discussão plenária; • Análise de documentos científicos sobre a área de estudo: artigos, cartas geológicas e notícias explicativas; • Apresentação e discussão de um exemplo de materiais didáticos para um contexto geológico nacional: • Saídas de campo a um contexto geológico no contexto nacional, antes e depois da construção de materiais didáticos. 3. Avaliação dos formandos e da ação • Apresentação e discussão dos produtos finais (planificação e materiais didáticos elaborados pelos formandos) • Reflexão plenária dos pontos fortes e das fragilidades no processo e produtos elaborados. Trabalho autónomo: Nas sessões não presenciais o trabalho autónomo inclui: • Aprofundamento dos conteúdos da formação. • Produção de materiais didáticos. • Intervenção pedagógica. • Reflexão individual sobre a intervenção pedagógica realizada.

Avaliação

Critérios de avaliação baseados no desempenho dos formandos nas sessões presenciais e no trabalho autónomo, a saber: • Participação nas sessões presenciais (participação regular, pertinente e construtiva em todas as tarefas, revelando empenho no processo formativo e na integração no grupo/turma). • Trabalho de grupo realizado na planificação e elaboração de matérias didáticos para Atividades Exteriores à Sala de Aula (AESA) (reflexibilidade, rigor, adequação, coerência e reflexão crítica e pertinente). • Reflexão crítica individual sobre o modo como a oficina pode contribuir para melhorar as aprendizagens dos alunos e para o desenvolvimento profissional e pessoal do professor formando. Aprovação: Número mínimo de horas presenciais previstas na legislação em vigor (correspondente a 2/3 das presenças). Os formandos serão avaliados quantitativamente numa escala de 1 a 10 valores.

Bibliografia

Decreto-Lei nº 55/2018, Diário da República,1ª Série, Nº 129 (2018). Retrieved from http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/AFC/dl_55_2018_afc.pdf. Oliveira Martins, G. et al (2017). Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Lisboa: Ministério da Educação/Direção-Geral de Educação. Retrieved from http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/Projeto_Autonomia_e_Flexibilidade/perfil_dos_alunos.pdf Direção Geral de Educação (2018). Aprendizagens essenciais. Retrieved from http://www.dge.mec.pt/aprendizagensessenciais Rebelo, D. & Marques, L. (2000). O trabalho de campo em Geociências na Formação de Professores: Situação exemplificativa para o Cabo Mondego, Série Ciências n.º4, Aveiro, Universidade de Aveiro. ISBN: 972-789-016-4. Morgado, M; Medina, J. & Soares de Andrade, A. (2006). Geologia da Serra do Caramulo, In: Livro Guia de Campo (Ed. Medina, J.; Morgado, M. & Marques, L.), Aveiro, Universidade de Aveiro.

Observações

As datas de início e fim são meramente indicativas. A disponibilização do calendário será feito em breve.

Formador

Dorinda Henriques Valente Rebelo

Início: 06-01-2025
Fim: 31-07-2025
Acreditação: CCPFC/ACC-125808/24
Modalidade: Curso
Pessoal: Docente
Regime: Presencial
Duração: 50 h
Local: Escola Secundária de Estarreja

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