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Otimizar Competências Linguísticas numa época de Perturbações da (e na) Comunicação - O desafio atual do Educador de Infância turma T1 13.23/24

Apresentação

Aprender a falar deverá ser um processo espontâneo e independente de ensino formal. É a imitação dos modelos de fala dirigidos à criança que a iniciam nestas lides da comunicação oral. Tudo o que ouve é um modelo a considerar e a usar. Ao longo dos anos seguintes, seguir-se-á o desenvolvimento das competências linguísticas. Assim preconizam os modelos de desenvolvimento da linguagem cientificamente aceites pela vasta comunidade. Os educadores de infância são agentes exponenciadores das competências linguísticas. São a qualidade e a quantidade de tempo que partilham com cada criança que lhes permitem ter este papel fundamental e inequívoco. E é deles que parte uma das maiores preocupações da sociedade académica atual: as crianças evidenciam, de forma preocupante, uma incompetência linguística cada vez mais pronunciada e difícil de contrariar, a qual se tem revelado implacável no aumento das dificuldades da aprendizagem da leitura e escrita. Serão os interesses das crianças que estão diferentes? Ou será a importância atribuída pelo adulto à questão linguística que diminuiu? Estaremos a retirar relevância ao papel determinante que a linguagem detém nas várias etapas do percurso da vida? Esta preocupação é legítima e facilmente compreendida pela quantidade de crianças que manifestam dificuldades desta natureza e colocam os educadores num estado de alerta e dúvida frequentes quanto ao que ainda pode ser considerado normal ou desviante, quanto ao que é elegível para intervenção técnica especializada ou que será normalizado só com exposição intensiva em contexto sala de aula. Nenhum adulto se quer sentir inseguro na sua interação com a criança, porque todo o adulto está ciente do impacto que tem na vida e desenvolvimento daquela. Torna-se urgente explorar novas estratégias de ação/intervenção e promover conhecimentos, outrora acessórios, a uma prática mais segura por parte dos educadores de infância.

Destinatários

Educadoras/es de Infância do Agrupamento de Escolas de Esmoriz/Ovar Norte

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Educadoras/es de Infância do Agrupamento de Escolas de Esmoriz/Ovar Norte. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.

Objetivos

Pretende-se que os formandos: . Contactem com os conceitos de Comunicação, Fala e Linguagem na sua abrangência e terminologia afeta; . Se sintam competentes na identificação da normalidade linguística, para encaminhamentos assertivos e atempados das situações que o exijam; . Reflitam sobre o leque de estratégias de potenciação linguística, a implementar em contexto de sala de aula; . Contactem com uma panóplia de atividades, intencionais e adequadas, pensadas de acordo com o panorama dos focos e interesses atuais das crianças; . Se revejam como pilar insubstituível no desenvolvimento linguístico.

Conteúdos

. Conceitos de Comunicação, Fala e Linguagem . Terminologia relevante que facilita a compreensão de relatórios técnicos . Bases para identificação de situações desviantes . Planear um conjunto de atividades que permitam promover a potenciação linguística, no contexto atual: trabalhar o quê, para quê, como e quando

Bibliografia

. Castro, S. L. & Gomes, I. (2000). Dificuldades de aprendizagem da língua materna. Lisboa: Universidade Aberta. . Crystal, D. & Varley, R. (1998). Introduction to Language Pathology. London: Whurr Publishers Ltd. Fourth Edition. . Lentin, L. (1990). A Criança e a Linguagem Oral. Lisboa: Livros Horizonte. . Lima, R. (2000). Linguagem infantil: da normalidade à patologia. Braga: APPACDM. . Lopes, J., Miguéis, G., Dias, J., Russo, A., Barata, A., Lopes, T. & Damião, F. (2006). Desenvolvimento de competências linguísticas em jardim de infância. Porto: Asa Editores . Rigolet, S. A. (2000). Os três P- Precoce, Progressivo, Positivo. Comunicação e Linguagem para uma plena expressão. Porto Editora. . Rombert, J. (2013). O Gato Comeu-te a Língua? Lisboa: a Esfera dos livros Rombert, J. (2017). A Linguagem Mágica dos Bebés. Lisboa: a Esfera dos Livros. . Sim-Sim, I., Duarte, I. & Ferraz, M. J. (1997). A Língua Materna na Educação Básica – Competências Nucleares e Níveis de Desenvolvimento. Lisboa: Ministério da Educação. . Sim-Sim, I. (1997). A língua materna na educação básica – competências nucleares e níveis de desempenho. Lisboa. Reflexão participada. . Sim-Sim, I. (1998). Desenvolvimento da linguagem. Universidade Aberta. Lisboa. . Sim-Sim, I.; Silva, A. C.; Nunes, C. (2008) Linguagem e Comunicação no Jardim de Iinfância. Textos para educadores de infância. Lisboa. Ministério da Educação. . Silva, I., Marques, L., Mata, L & Rosa, M. (2016). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Ministério da Educação/ Direção-Geral da Educação. . Vigotski, L. S. (2003). Pensamento e Linguagem. Martins Fontes. São Paulo.

Anexo(s)

Formador

Sílvia Mogas

Cronograma

Sessão Data Horário Duração Tipo de sessão
1 20-03-2024 (Quarta-feira) 16:00 - 17:30 1:30 Presencial
2 24-04-2024 (Quarta-feira) 16:00 - 17:30 1:30 Presencial
Início: 20-03-2024
Fim: 10-04-2024
Acreditação: ACD 13 23.24
Modalidade: ACD
Pessoal: Docente
Regime: Presencial
Duração: 3 h
Local: Escola Secundária de Esmoriz